«Bless the Sound that Saved a Witch Like Me» é uma performance solo, física e sonora, coreografada por Benjamin Kahn para Sati Veyrunes, que transporta o público por diferentes estados. Transe, resistência, êxtase.  Imersa numa paisagem sonora vibrante, Sati Veyrunes faz o público viajar por uma exploração de gritos, do íntimo ao coletivo. Imbuído de raiva, prazer ou dor, um grito é um ato poderoso e uma fenda no espaço-tempo, que nos faz ouvir novamente o silêncio. O ato de gritar surge aqui como uma necessidade, um desabafo, um protesto, enquanto ferramenta expressiva poderosa e penetrante sobre tudo o que é intolerável, premente, imperativo e urgente. Numa experiência instintiva e catártica, Sati Veyrunes transfigura-se de um estado para outro, confundindo os limites. Às vezes, é mãe, homem, mulher, bruxa ou um ser indefinido.